VIAJANTE
Deixo de lado a
fatigante mesmice que escraviza os olhos e os sonhos, e voo ao longe.
Quero novos
aromas e sorrisos, horizontes que se descortinem seguidamente. Mirar sempre
adiante.
Invejo a liberdade
dos pássaros, mas não voltaria sempre para o mesmo ninho.
Com a
multiplicidade de paisagens e experiências, por que permanecer estacionado, se
há tanto caminho?
Quanto mais
distante do comum, mais próximo de mim. Sou uma necessária constância na
adversidade.
Afastados,
amadurecemos e nos fortificamos, pois sendo mais nós mesmos, com pensamentos,
sentimentos e crenças, temos que criar e agir, à nossa maneira, na
inconstância.
Carrego comigo
somente o êxtase da plenitude e, por vezes, uma boa companhia como bagagem, agradecendo
diferentes portas que se abram.
E abraço apertado
um mundo sem bandeiras, pois fronteiras não estão só no papel, mas na cabeça de
muita gente...
Felipe Sales Mariotto